Vou abordar aqui um assunto muito interessante e que tem tudo a ver com a gente: nossa liberdade!
1ª Fase: Todo aquele que conhece a Jesus é nova criatura: é livre. Mas aí vamos analisar alguns pontos:
Quando temos uma experiência com Jesus nosso coração se alegra, parece que tudo em nossa vida é renovado. Queremos nos doar mais, temos tempo para a Igreja. Tudo o que nos passam nós queremos abraçar. Não é importa o quanto isso vai custar e nem quanto tempo vai levar. O que importa é que estamos cheios de gás e energia. Acreditamos que o mundo pode mudar, pois Jesus é mais!
2ª Fase: Depois de um tempo vamos nos sentindo sobrecarregados, mais cansados, sem tempo…. E começamos a notar que enquanto damos o sangue muitos ao nosso redor estão só de boa… nada de colaborar. Mas ainda assim vamos caminhando. E de vez em quando sofrendo uns trancos, mas vamos levando.
3ª Fase: Algo diferente está acontecendo…. Sentimos um peso na consciência danada, porque achamos que todos estão se dedicando, menos nós… que somos muito pecadores. E que se estamos tristes e sem ânimo é culpa nossa porque deixamos a oração de lado. Dizemos ainda que deixamos de ser fiéis… algumas vezes pensamos que Deus se distanciou de nós… mas tb reconhecemos o quanto esfriamos.
4ª Fase: Realmente sentimos falta do nosso tempo. Parece que ninguém se importa mais com nada e tudo o que se tem para fazer somos nós que precisamos resolver.
Nessa fase, já temos coragem de dizer que as pessoas estão erradas, porém, estamos tão críticos que beiramos ser insuportáveis. Mas o nosso stress já está em um nível que nem nós percebemos mais. As pessoas já comentam a nosso respeito, mas nem sempre percebemos. E quando percebemos consideramos que ELES estão errados, que ELES são fracos e se entregaram. Não possuem a garra, a “FÉ” que nós temos.
Olha isso gente… vamos analisar com calma. Não é isso o que acontece? Talvez esteja acontecendo com VC nesse momento…
Tenho muitas respostas para dizer o porquê disso acontecer. Vou tentar lembrar algumas:
- Um erro foi querer justamente abraçar tudo de uma vez. Essa afobação não é boa a longo prazo. No começo parece fácil e é até prazeroso, mas com o tempo fica difícil… muito difícil… principalmente quando trabalhamos tanto e parece que as coisas não mudam.
- Outro ponto: Nosso stress chegou a um ponto que exigimos demais das pessoas. Já não tratamos com amor, carinho e respeito. Já não tratamos como amigos, mas como operários que precisam ter os horários sempre disponíveis com a nossa vontade. E isso tem tirado muita gente da igreja. Infelizmente….
- E isso? Passamos a nos cobrar demais. E aí fica um peso terrível. Queremos dividir as tarefas, mas parece que ninguém quer ajudar: muito pelo contrário, se puderem tirar mais de suas costas e mandar pra nós melhor ainda… e isso vai nos irritando. Principalmente para quem tem pavio curto.
- Com certeza também temos uma parcela de culpa, pois já não procuramos nos aprofundar com orações. Jejuns etc…. Ficamos em nosso mundinho fechado e com isso mais desânimo.
Nessa fase muitos já pulam fora, pois consideram que ninguém merece isso… chega!
Bom, para quem continua perseverando vem a próxima etapa…
5ª Fase: Continuamos na Igreja, mas já perdemos a alegria e o prazer de servir. Tudo é uma obrigação, mas continuamos caminhando e não sabemos direito o porquê… Temos conhecimento que é necessário estar na Igreja, mas pensamos em como seria bom se largássemos tudo.
Tudo é muito desgastante e nosso compromisso já anda bem comprometido. Se der pra fazer eu faço, senão alguém se vira…
6ª Fase: Dizemos que vamos dar “mais uma chance para a Igreja”. (Como se fôssemos de dizer isso… tsc…) Mas é o que dizemos, ainda que dentro de nós mesmos.
Tentamos fazer um último esforço e se der certo ótimo, porque o que importa agora são os resultados. Nem chamamos mais de frutos.
Nessa fase nossa docilidade quase não existe mais e nossa vida de oração está praticamente apagada.
O perigo dessa fase é que já somos formadores de opiniões. Somos muitas vezes líderes, discípulos, coordenadores e principalmente influentes. Influentes sim, porque nossa palavra tem um peso muito grande para os outros. É Como que se fosse assim: o que falarmos está decidido, os outros irão aceitar e apoiar.
Então percebam o seguinte: se eu desistir posso levar muitos comigo, ou no mínimo deixá-los cheios de dúvidas e confusões em suas cabeças….
7ª Fase: Essa é a mais triste, porque fomos vencidos por esse turbilhão de coisas. Deixamos de mão as células, Vamos à igreja quando dá na telha (isso se estivermos indo).
Jejuns, Intersecção, Relógio de oração e outros serviços nem pensar.
Vem um tempo de depressão (que as vezes demora… e muito…)… vem o tempo de tristeza profunda… e como dói… quem está vivendo esse momento sabe o quanto dói, e por muitos motivos: porque se decepcinaram com muitas pessoas, com muitas situações. Foram traídos, inventaram fofocas, não acreditaram em você…. e cada vez mais coisas… e tudo isso só veio trazer a certeza que o melhor era sair mesmo da Igreja.
Pensamentos começam a vir à tona: “perdi muito tempo da minha vida na Igreja com pessoas que não eram verdadeiramente amigas…” “…foi bom enquanto estive na Igreja, mas agora é uma nova fase e estou muito feliz, pois finalmente me sinto LIVRE…”
E eis aí o ponto chave de tudo isso que escrevi: as pessoas querem duas coisas para si: Uma é a felicidade e a outra a liberdade. Mas notem que no começo desse artigo comecei dizendo que, quem tem a Jesus é livre.
Porque somos escravos de quem nos vence. Se o pecado nos vence somos prisioneiros dele. Mas se é Jesus quem nos vence, somos livres… porque o que Ele mais quer é nossa felicidade, pois nos ama.
Se você um dia entrou para a Igreja foi para servir sim, mas com alegria e com amor. Aquele prazer que foi perdido precisa ser recuperado, porque jamais Jesus nos colocaria em sua Igreja para sermos infelizes e vivermos tristes e/ou estressados.
O sentimento de culpa que muitos têm carregado precisa cair por terra. Jesus sabe muito bem da dificuldade que temos, das nossas tentações, provações, quantas lutas…
Vc não precisa ficar se achando culpado das coisas terem dado errado ou até mesmo por não conseguir os resultados que você esperava. Deus está presente em todo o momento e tem visto qual foi nossa dedicação.
Sirva sim com alegria, mas saiba moderar as coisas.
É melhor não assumir tantas coisas do que assumir tudo e lá na frente jogar para o alto por se sentir pressionado.
Veja se você entende o que quero dizer: se colocarmos muita água em uma plantinha poderemos matá-la. Será que não é por isso que nossos servos estão se distanciando?
Devemos beber da graça sim e servir à Deus, à Igreja e aos irmãos é sempre uma benção. Mas temos que ser moderados, é preciso discernimento para saber viver em harmonia com os amigos da igreja e sem se distanciar da família e dos amigos que não são da igreja.
E sabe por que os que saíram da igreja não voltam mais? Porque finalmente sentiram o gosto da liberdade. Conseguem ver o quanto estão felizes.
E parece que é assim que acontece mesmo: quem está fora sente-se mais feliz do que aqueles que estão dentro da Igreja.
Isso não pode acontecer. É preciso discernimento quando resolvermos trabalhar para igreja.
Talvez seja a hora de você rever alguns conceitos. Trabalhar para Deus é bom e sempre será bom. Mas saiba que Deus resolve todas as coisas e não nós.
Não se prenda à pessoas. Espelhe-se somente em Jesus. Ele não falha. Ele não vai te decepcionar. As pessoas sim, mas Jesus não…
Todos querem se sentir livres porque isso traz felicidade. Mas Jesus é a felicidade.
A escolha é sua: você pode ser feliz SIM com Jesus e trabalhando na Igreja. Apenas não espere muito das pessoas. Acredite nelas, mas saiba que todos nós somos falhos.
Não há nada tão grande que não possa ser perdoado. Não interessa o que os outros pensam, pois Jesus sempre estará de braços abertos para nós.
Esse é o amor verdadeiro.
“Recomeçar é de novo buscar…”
Espero que você pense a respeito…
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