Essa pergunta que me foi feita durante um programa de televisão cujo tema era liderança que transforma, essa pergunta resume o conceito que a maioria dos líderes atualmente tem, pois acreditam que estar na liderança pressupõem que, são mais capacitados, habilitados, que detém algum conhecimento extraordinário ou no caso evangélico algum dom espiritual, mas quando analisamos minuciosamente a Bíblia, encontramos Jesus dizendo:
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14: 12)
Que exemplo de liderança maravilhosa, dizer isso sem sentir-se menor, inferior, e Jesus no ensina como liderar sem sufocar o liderado em sua criatividade e produtividade, mas muitas vezes líderes induzem o seu grupo a uma obra menor, medíocre, controlada e no máximo com realização igual a do líder.
No Antigo Testamento o discípulo Eliseu pede nada mais nada menos que o dobro da unção que estava sobre o profeta Elias, pois queria realizar muito mais que o seu líder havia realizado para Deus, o profeta ao ouvir tal pedido de seu moço, não o acusa de soberba, vaidade ou arrogância, mas diz: Dura coisa pediste... (2Reis 2:10)
O profeta Elias, não estava negando, mas declarando que seria algo que conduziria a muito trabalho e dedicação da parte de Eliseu, ensinou dizendo:
“Se me vires subir, assim se fará, porém, se não me vires, não se fará” ( 2 Reis 2:10).
A Bíblia descreve que Eliseu, ao ver Elias subindo ao céu, toma a capa que Elias deixara cair, aquela que representava proteção contra o frio, aquela que havia sido colocada sobre os seus ombros como sinal de um chamado divino, e agora estava em seu poder, então invoca o Deus de Elias e atravessa o rio Jordão, dividindo-o ao meio como o primeiro sinal de sua autoridade espiritual.
Que fantástico seria se os nossos líderes deixassem a capa cair para os seus liderados, mas hoje o que vemos são atitudes mesquinhas de guardar segredos e mistérios, quando o próprio Senhor Jesus disse:
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. (João 15:15)
Líderes místicos, centralizadores, manipuladores fazem com que seus liderados vagueiem de um lado para outro em muitas organizações, inclusive igrejas, levados ao entendimento que devem ser parecidos e até imitadores deles, mas que na verdade não são, em nada parecidos com Cristo nas suas atitudes, amor, caráter, honestidade.
Liderados agora, enganados, feridos e entorpecidos pela religiosidade, chegam ao no máximo uma pífia, medíocre projeção na sociedade.
A Palavra de Deus nos convida como líderes, a nos empenharmos, dedicarmos a apascentar aqueles que nos foram confiados, mas em momento algum a manipula-los, fazê-los parecidos conosco, mas sim conduzi-los a fazerem obras maiores e a passar a capa levando-os a maturidade cristã e a serem imagem e semelhança de Jesus Cristo na terra.
Para aquele líder, que me perguntara no programa de televisão, quando eu afirmava que todos nascem líderes, e que de alguma forma exercem essa liderança todos os dias nas mais diversas atividades, respondi que:
Liderança é basicamente influência, e está para os seus liderados, assim como os instrumentistas estão para uma orquestra, o maestro não necessita ser hábil em todos os instrumentos, não precisa sentir inveja do laureado pianista, ou violinista, somente precisa com a sua batuta, reger, conduzir, para que a música seja executada da melhor forma possível.
Precisamos aprender a ser verdadeiros líderes, segundo o coração de Deus, e hoje eu oro assim:
Jesus nos ajude a reger essa orquestra da vida e a sermos sensíveis aos instrumentistas que nos confiar, pois queremos executar um louvor que lhe agrade e não errar com essa geração.
Professor José C.Campos
Docente Instituto Haggai e Carisma
Coordenador Seminário Restauração Profissional
Email: restauraprofissional@hotmail.com