Não é à toa que a Bíblia alerta para que “aquele, pois, que pensa estar em pé cuide para que não caia” (I Co 10.12). O interessante nesse versículo é vermos que está escrito “aquele que pensa”, e não “aquele que está”, ou seja, incontáveis são às vezes em que supomos erroneamente que estamos firmes ou em um patamar de espiritualidade muito grande, e que nada vai nos abalar. Contudo, são exatamente nesses momentos que podemos cair. Um simples vento pode-se tornar um furacão, podendo nos derrubar ou nos desestabilizar.
É muito fácil criticar, falar mal ou até mesmo condenar alguém, quando não estamos passando pela mesma situação. O problema é que cada um de nós peca em uma questão: achamos que nunca acontecerá o mesmo conosco. Esquecemos que somos falhos, passíveis de erros e vulneráveis a ataques. Você já deve ter ouvido aquele ditado “quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado de ninguém”. Como cristãos, devemos sempre observar isso. Já ouvi muitas pessoas dizerem: “Nossa, você viu o que fulano de tal fez? Como pode, né? Isso é um absurdo!”, quando o certo seria orar ou mesmo permanecer calado, pois há momentos que o silêncio é melhor do que uma multidão de palavras, na maioria das vezes de condenação e juízo, e raro de conselho e orientação.
Podemos cair nas mínimas coisas como, por exemplo, pela cobiça, pelas nossas carências, pelos ataques impensados de nervosismos, por brigas e discussões que começam “suaves”, mas depois terminam atrás das grades. Precisamos avaliar o certo e errado. Mas isso não nos dá o direito de atirar pedras em ninguém. Algo que sempre devemos lembrar, e que evitará julgamentos precipitados, é que somos feitos do mesmo barro, sujeitos às mesmas rachaduras, manchas, defeitos de fabricação, lodos e sujeiras. Precisamos perceber os frágeis telhados de vidros sobre nós. Por isso ‘vale a pena ouvir de novo’: “Aquele que está de pé, cuide para que não caia.”
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